segunda-feira, 19 de maio de 2008

Filosofia

Saber que só a ação do próprio sujeito constrói conhecimento e que não existe uma representação de um mundo externo, pois qualquer ato do conhecimento humano é também um ato de auto construção, processo no qual um ser se inventa a si mesmo e a sua realidade. Não há transmissão de conhecimentos, mas cada sujeito, a partir das perturbações do meio, constrói seu próprio conhecimento de maneira inseparável da construção de si próprio. Conhecer e fazer dimensões inseparáveis do agir humano.

Informação não é conhecimento, mas o conhecimento propicia a informação. Estamos educando para a autonomia, para a auto construção, para a liberdade do ser. Educar e aprender - professores e alunos - não por imposição externa, mas de maneira amorosa com aqueles que respeitam o “outro como legítimo outro.” (grifo dos professores)

A Escola não quer para si um modelo hegemônico de educação representacional, formal, conteudista e domestificadora, num círculo vicioso que nos consome, mas alternativas pedagógicas importantes, que apontem para mudanças profundas no aprendizado do viver, deixando, definitivamente, de lado um formalismo que impede o fluir da vida.

Estamos indo para:

  1. A formação integral dos educandos embasados nos valores da Filosofia Cristã, nos princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade humana e demais objetivos, consignados na Lei nº. 9394/96;
  2. A busca do homem como sujeito do seu próprio desenvolvimento;
  3. A crença no homem e na dignidade humana como aliadas constante na liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o pensamento e o saber, os quais convergem para aspectos considerados essenciais à plena realização do ser humano;
  4. A inserção do homem no mundo das relações simbólicas de forma que ele possa produzir, usufruir e partilhar conhecimentos bens e valores culturais;
  5. A inserção do homem no mundo das relações sociais, regidas pelo princípio da igualdade fraterna;
  6. A inserção do homem no mundo do trabalho, no qual são construídas as bases materiais de uma existência digna e cristã;
  7. Educar através de sentimentos, emoções, vivências e estética;
  8. Ensinar a “lidar com o mundo” dando ênfase à ética;
  9. Avaliar o educando com base na interação professor-aluno, não só cognitivamente, mas também em seu comportamento, relacionamento e aprimoramento pessoal – integralmente;
  10. Estímulo aos alunos para que os mesmos desenvolvam a cortesia e a amabilidade, respeitando-se mutuamente, zelando pela conservação do meio ambiente;
  11. Promover a educação centrada no aluno, valorizando suas competências;
  12. O diálogo que consiste no respeito aos educadores e educandos; uma relação horizontal que se nutre no amor, na humildade, na esperança, na fé e na confiança;
  13. A escuta, relacionada a ouvir com atenção as urgências dos educadores e educandos;
  14. A tolerância, a virtude de aceitar e aprender a conviver com os diferentes para saber lidar com o antagônico;
  15. E a coerência, que deve existir entre o discurso que anuncia a opção político-pedagógica e a prática que deve estar a serviço desse anúncio, confirmando o discurso;
  16. Oferecer um currículo consistente, verdadeiro, onde ao lado da base nacional comum são oferecidas atividades extra-classe, como teatro, música, danças, banda, esportes, coral, artesanato, incluindo-se duas línguas estrangeiras: Inglês e Espanhol e Turismo;
  17. Seriedade, disciplina, integração e planejamento, programas que exijam a efetiva participação do aluno, o desenvolvimento dos temas transversais, promovendo a continuidade da Pré-alfabetização a 8ª série do Ensino Fundamental;
  18. O conhecimento através da afetividade;
  19. Fortalecimento da cultura ambiental, bem como da história e cultura afro-brasileira;
  20. Enriquecimento do meio escolar a fim de ampliar e qualificar a aprendizagem;
  21. Apresentar os direitos e deveres das crianças e dos adolescentes conforme diretrizes do ECA ( Lei 8.069) conscientizando-os sobre a importância dos mesmos.

Buscaremos sempre, em todos os níveis:

  • Sucesso escolar;
  • Participação;
  • Solidariedade;
  • Autonomia;
  • Respeito às diferenças;
  • Gestão democrática;
  • Competência científica;
  • Trabalho em equipe.

Esta postura nova em relação à educação, que ultrapassa os limites de qualquer Escola, valorizando a experiência no mundo social e no mundo do trabalho a “Iracema Vizzotto” quer para si. Nossa Escola acredita que toda a mobilização pela educação deve desenvolver “uma ação articulada que vincule os vários espaços educativos em torno de objetivos claramente definidos: em síntese, a formação do cidadão”.

Uma mobilização bem sucedida gera, em espiral, novos objetivos e resultados a perseguir.

Queremos uma educação inovadora que permita uma nova visão de mundo, onde os educadores pensem conscientes sobre o seu papel, sobre o seu trabalho e que o espírito crítico leve a sua prática pedagógica de maneira que possa ser avaliada e reavaliada diariamente, após cada tarefa desenvolvida. Que o educador se engaje neste espírito de retomada, de forma que busque a formação integral do aluno: onde o social, o cognitivo, o espiritual, o afetivo e as habilidades de cada um aconteçam, aflorem de forma harmônica e saudável.

Buscamos uma educação que leve ao sucesso, a promoção do educando: a aprendizagem significativa, onde os professores aprofundem-se, tenham desejo, prazer, criem novas estratégias para ajudar os alunos e não se conformem com a não aprendizagem, sendo pesquisadores que refletem individual e coletivamente sobre suas práticas – ação-reflexão-ação.

Atentos às necessidades do presente e projetando-nos para o futuro, consideramos de grande importância explicitar aqui, a nossa compreensão do ato pedagógico, ou seja, do processo de educar como forma de interação da relação ensino e aprendizagem, que supere o limite da transmissão de conhecimentos pela dinâmica da sua construção. O ato pedagógico como um processo de construção de conhecimentos não prescinde da informação, da transmissão, da assimilação; estas se fazem necessárias, mas não suficientes. A ênfase maior será dada na relação que deve ser estabelecida entre professor, aluno e conhecimento que é, neste sentido, uma relação de sujeito e objeto. Aluno e professor são sujeitos em interação com um determinado objeto do conhecimento. Partindo do pressuposto de que educação é o processo de inserção do sujeito no mundo da cultura e de que sujeito e cultura são complementares por constituírem-se e desenvolverem-se na relação do homem com o mundo, não é demais deixarmos clara a nossa intencionalidade em propiciar o desenvolvimento de um complexo de atividades pedagógicas capazes de transformar os sujeitos do conhecimento, interferindo qualitativamente nos seus processos de aprendizagem.

Insistimos, assim, na aposta de uma visão de educação que retome a sua significação de instrumento de transformação dos sujeitos, o que demanda a construção de um conjunto de meios e recursos que orientarão o processo de aprendizagem. Esse conjunto sobre fins, objetivos, meios relativos ao processo pedagógico é o que se pode denominar currículo. Refletir a relação entre o currículo e projeto pedagógico implica colocarmo-nos na posição de constantes questionadores das diferentes ações que se desenvolvem no cotidiano da escola e do papel que cada profissional desempenha. Um projeto pedagógico é algo mais complexo do que simplesmente um projeto de ensino de determinadas matérias com seus conteúdos específicos. É um projeto de educação e, portanto, algo a ser construído, a partir das demandas e necessidades sociais, cognitivas, culturais, éticas, estéticas, políticas e econômicas, com vistas à formação de novas gerações.

O aluno é o centro do fazer pedagógico e deve ser visto como ser humano e cidadão, numa perspectiva humanista e histórico-política. É um ser participante que aprende a tomar decisões, a construir o rumo de sua história.

Sabe-se que o educando traz em si um potencial que precisa ser desenvolvido, cabendo à Educação promover tal desenvolvimento em todas as áreas: física, psicológica, intelectual, artística, moral, social, religiosa, etc. Nossa Escola tem como objetivo a educação sistemática, continuando e valorizando a educação assistemática, ou seja, o aprendizado sofrido, por ensaio e erro, dado pela própria vida. Nesta perspectiva o professor não pode ser um adversário, mas um aliado de seus alunos. O educador é aquele que ensina a aprende, a cada dia, uma nova lição: “Mestre não é quem sempre ensina, mas quem de repente aprende”. Nessa frase de Guimarães Rosa condensam-se a sabedoria e a humildade que revestem o
trabalho do verdadeiro educador. Em sala de aula, terá o educador a postura de líder, orientando seus alunos com firmeza e com carinho na medida certa.

É preciso aprender a aprender e estar atento às diferenças individuais, ao ritmo e ao tempo de cada aluno. É importante, ainda, atender às inteligências múltiplas e fazer com que os alunos sejam valorizados.

A Escola deve ser um local de prazer para alunos e professores. Ambos precisam estar motivados para a tarefa de ensinar e aprender.
Que os alunos possam aprender, terem sucesso e serem felizes, sendo educados e responsáveis, interagindo com o outro, sendo pessoas verdadeiras e melhores, que solidariamente tenham os verdadeiros valores da vida, que ajudem a construir um País mais justo para todos nós – que sejam cidadãos de direitos e deveres.

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